quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Amor incondicional

Eu ontem acordei cansado, resultado de ter trabalhado intensamente nos dias anteriores para cumprir prazos muito apertados. Quando acordo assim eu demoro um pouco para deixar a cama. Normalmente me ajeito sobre dois travesseiros, alcanço o iPad no criado-mudo e dou uma olhada rápida nos e-mails, nas manchetes dos jornais, nas previsões para o dia. Dependendo do que vejo eu me animo a saltar da cama e ir até a cozinha para uma xícara de café antes de encarar o dia. Ou não. Às vezes me presenteio com mais meia hora na cama, me espreguiçando e ouvindo música, sem pressa para efetivamente começar o dia.

Pois ontem, ainda na cama e no meio dessa preguiça letárgica, eu recebo um link pelo facebook para esta palestra sobre amor e aceitação incondicionais. Fiquei quase hipnotizado ouvindo tudo aquilo, os argumentos tão interessantes sobre amor dos pais (principalmente quando a gente ouve tanta história de rejeição) que acabei tomado por uma energia boa que me acompanhou o dia todo. Eu sempre tentei imaginar o quê deve passar pela cabeça dos pais dos adolescentes que assassinaram quinze colegas na escola de Columbine em 1999, por exemplo, se o amor pelos filhos continua intacto após um trauma dessa magnitude. Andrew Solomon fala sobre este tipo de amor e aceitação nesta apresentação quase poética, com texto inspirador.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom !!

Eduardo Lott disse...

Luciano, não deixe de ler "Far from the Tree: Parents, Children, and the search for Identity", de Andrew Solomon. Um calhamaço sensacional de mais de 1000 páginas. Já lançado no Brasil pela Companhia das Letras com o título "Longe da Árvore".